domingo, 13 de janeiro de 2013

Ele...



Ele amanheceu se perguntando, O que fazer com a tristeza dos dias de chuva? Tudo quanto colocava o olhar estava cinzento, frio e triste. Como livrar-se das angústias que tanto tempo carrega no peito, na alma e nas entranhas? Ele saiu, andou embaixo de uma garoa fina e fria, tinha consciência que a vida poderia ter sido diferente, mais agora tudo parece pesar mais, às vezes pensa em desistir, pensa quase sempre, ainda tem um grama de esperança. Anda como quem não tem um caminho ou um objetivo, vez outra esbarra em um transeunte, as ruas parece ter as formas de seu corpo, pois cabe-lhes direitinho.  Deseja rezar, rezar com fé, piedade, e até o faz, más parece que sua fé é tão fraca e curta, Ele pensa que ela não conseguirá alcançar as Divindades e abaixa a cabeça. O dia parece esfriar ainda mais, como forma de punição tira o agasalho, sente o frio penetrar seu corpo, seu intimo, alguma lágrima cai, resiste, sente indigno até de chorar. Vem na lembrança um amigo que outrora amara, ainda ama, mais o amigo não o ama mais. Consegue sentir a tristeza de Werther, lembra dele com um ar tão familiar, tão íntimo, que tudo indica que logo se deparará com aquele dia tão íngreme e desolador com o qual Werther mergulha, continua caminhando, agora gelado, molhado e com raiva de si. Um pensamento, uma frase cerca-lhes o pensamento “um dia tudo seca”.   

* perdão pelos erros, ortográficos...
**imagem livre de Internet (http://www.tumblr.com/tagged/infelizes)

2 comentários:

  1. nossa que coisa dolorosa
    me fez lembrar de mim mesma das solitárias frias e chuvosas tardes em Curitiba.

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