sábado, 7 de setembro de 2013

Calou-se




Eu acreditei muito nesse amor,
Mais nunca soube o que era esse amor
Também nunca soube se queria saber
Sentia ele e isso bastava, era simples e isso era incrível, você estava aqui...

Também não sabia o que era ser simples
Sabia que o amava e que sonhava com sua volta
Acreditar bastava e me mantinha vivo, e você sempre voltava
 E a vida seguia entre verão e inverno, quente e frio...

Um dia você não voltou...
Na insensatez do amor mantinha me resignado
Buscava-a nos lugares por onde passávamos e fazia a vida acontecer
O não querer acreditar mantinha a ilusão do retorno

Tiveram-me por louco e estava por que só você bastava
Não conheci outro amor, não deixaste-me conhecer
Jurastes que era para sempre e nós acreditamos
E quando muito, estávamos juntos

Hoje o passado já entra em nossa poesia sem compaixão
Assim como você, ao sair e não voltar mais
O que farei das rosas? Das músicas? Dos nossos livros?
Não sei se o que dói mais, se é sua ausência ou a lembrança

Não estou acostumado a não ter você, ontem falamos
Hoje não falamos mais, nos calamos e o que nos resta
A dor do silêncio... E tudo é SILÊNCIO... Não existe mais o nós...
 
*Foto livre de internet 

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