Tudo cinza, mas não é inverno
Frio, tristeza dos moribundos e transeuntes
E eu? Sou moribundo ou transeunte?
Já não sei, a cinza destes instantes me apaga
Mas ainda não é inverno...
Aqui dentro sim, tudo cinza e frio
Não estou triste, pois ela se recusa a aceitar-me
Eu sou a cinza do nevoeiro, hoje sou a cinza deste dia vago
Ser cinza é conceito estático e definido de ser algo
Nunca quis ser, nem existir, a força criadora foi arbitrária
E agora como concertar o erro de ser, uma vez que sou cinza?
Dói, não sei onde, nem porque sinto essa dor
A dor é algo mais que dor, é a massa branca e viscosa que da
vida a barata de Clarice
Desvincular disso agora já não é possível,
Mais cinza sou, sem saber o que é ser cinza...
*foto livre de internet
**Texto sem correção
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