Destes o beijo que eras meu ao outro
Não, não era meu o beijo que devotastes ao outro
Foi-se o beijo, o sorriso, a boca, o rosto, a lembrança
Foi-se o todo no beijo ao outro...
A consciência do beijo é a dor monogâmica
Solidão da distância entre o cais e o paquete
Entre nossos corpos e o outro presente
Já não existem duas almas, nem nosso corpo...
Existe a consciência da poesia que não és minha,
O beijo que jamais será meu, ou
Será só a hipótese da consciência traída...
Quebrou-se a ilusão da noite poética
Ausentou-se o Eu do Tu,
Hoje não poderei te beijar sem beijar o outro...
*Sem correção ortográfica
** Imagem livre de Internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário