quinta-feira, 26 de abril de 2012

Da Solidão II




A noite está tranquila e calma, no campanário reina um silêncio sagrado. Abro a janela do quarto e recebo no rosto uma brisa silenciosa e fria. No som uma voz melodiosa que tanto gosto, embala meus sentimentos e lembranças.  Ouço o som do vento nas árvores do jardim, um pouco de tristeza invade a solidão do meu ser. Tenho desejado ardentemente viver essa solidão, esse exílio, que eu mesmo escolhi viver... Passei nesses dias por lugares solitários, montanhas, vales, córregos, planícies... Olhos esses lugares e sinto o desejo de colocar meus pés em seus prados e caminhar, rememorando as minhas dores, buscando essa solidão que tanto o meu ser deseja. A noite continua a fazer-me triste, ouço ao longe os pios das corujas na Praça da Igreja. como um ritual de todas as noites, vou ler um pouquinho de Fernando Pessoa, Florbela, e São João da Cruz... Com uma enorme vontade de sair e andar um pouco pela noite, sentir sua brisa leve e fria vou dormir... Gostaria de sonhar...

*Imagem livre de internet

2 comentários:

  1. Um cavaleiro errante tem a solidão como eterna companeira. Ainda que preso, é na solidão que ele se liberta...é na solidão que encontra os rumos e caminhos mais desejados, mais sonhados...

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  2. a solidão nos deixa Preenchidos de nós mesmos se cairmos ao chão não haverá um som oco.

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